quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina

Nobel da Medicina distingue descoberta sobre mecanismo celular que regula oxigénio

A Medicina abriu a temporada Nobel 2019 e distingue William G. Kaelin, Gregg Semenza e Peter Ratcliffe pelas suas descobertas sobre os mecanismos celulares relacionados com o oxigénio.

Os trabalhos de William G. Kaelin, Gregg Semenza e Peter Ratcliffe que permitiram desvendar o mecanismo celular fundamental que permite às células adaptar-se à disponibilidade de oxigénio no ambiente valeram-lhes neste ano o Prémio Nobel da Medicina, anunciado nesta segunda-feira pela Academia das Ciências sueca.

 O britânico Peter Ratcliffe, professor e investigador na Universidade de Oxford, no Reino Unido, estudou também aquele mecanismo genético e chegou também a resultados idênticos. Os grupos liderados pelos dois cientistas descobriram, independentemente, que este mecanismo celular relacionado com a regulação do oxigénio está presente em todos os tecidos do organismo, e não apenas nas células dos rins, onde a EPO é normalmente produzida.






Gregg Semenza descobriu ainda que sequências genéticas, ou seja, que genes estão associados a este mecanismo de regulação do oxigénio celular. Faltava apenas identificar um último gene relacionado com todo este processo e essa última peça do puzzle chegou pela mão de William Kaelin, professor e investigador na Universidade de Harvard.
Na mesma altura em que Gregg Semenza e Peter Ratcliffe estavam a fazer o seu trabalho pioneiro sobre este mecanismo celular, o americano William Kaelin estava a estudar a doença de Von Hippel-Lindau, causada por uma mutação genética, e cujos portadores têm um elevado risco de desenvolver determinados tipos de cancro.




William Kaelin descobriu que o gene relacionado com doença designada VHL codifica uma proteína que inibe o desenvolvimento do cancro e mostrou que as células que não contêm VHL exibem um estado crónico de baixos níveis de oxigénio.
Na prova dos nove, ao reintroduzir VHL nessas células, William Kaelin mostrou que elas recuperavam o normal controlo dos níveis de oxigénio, ficando assim demonstrada a participação desse gene no complexo mecanismo de regulação dos níveis de oxigénio nos tecidos celulares.

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