terça-feira, 3 de novembro de 2015

Texto de Joaquim Rocha - Turma P2PS1



   

 O que significa Ser?

 

                Todos sabemos que somos mas ninguém sabe o porquê. Ser, significa que reconhecemos a nossa existência (uma capacidade inata do ser humano), mas será que apenas o Homem possui a capacidade de Ser?
                Os animais são completamente ignorantes ao fato de existirem. Se colocarmos um gato à frente de um espelho, este não reconhece o reflexo como dele, mas sim como outro gato. Nós, como humanos, reconhecemos o nosso reflexo não só devido à nossa capacidade de pensar mas também devido à nossa forma de pensar. Caso exista outra forma de vida inteligente como nós, esta pode ser ignorante à sua existência perante o todo, como um animal.

 Cogito ergo sum” (Eu penso, logo existo.) foi a conclusão que o filósofo Descartes chegou quando questionou a sua própria existência. Segundo este raciocínio, uma máquina que pense pode-se aperceber da sua existência, colocando-se ao mesmo nível que nós.
                Mas o que podemos considerar acerca de seres humanos que se encontram em estado vegetativo? Estes perderam a sua capacidade de pensar, vivendo apenas porque o corpo se recusa a morrer, mas será que continuam a Ser? Esta é uma pergunta difícil de responder, visto que através dos raciocínios anteriores, este ser humano deixou de Ser, mas visto de uma perspetiva ética, é errado considerar que esta pessoa se encontra ao mesmo nível do que um vegetal.


                Num caso contrário ao anterior, quando uma pessoa tem pouco tempo para viver, será que caso seja possível criar uma cópia do cérebro dessa pessoa, num computador, podemos considerar essa máquina como a pessoa original? A cópia seria exatamente igual ao original, reagindo da mesma forma a qualquer situação ou estímulo. Decerto que esta cópia reconheceria a sua existência, estando ao mesmo nível que o original, mas o que aconteceria quando o original morresse? Será que a cópia poderia ser considerada como o original a partir desse momento? Caso a morte do original ocorresse no mesmo momento que é criada a cópia, será que esta cópia pode ser considerada uma continuação da vida do original?
                Podemos concluir que quanto mais nos questionarmos acerca do significado de Ser, mais este se perde, mas a noção base mantém-se a mesma, até ser provado o contrário, apenas o ser humano consegue Ser.



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